COMBATE AO NARCOTRÁFICO:A PRF da Bahia apreendeu somente nos primeiros seis meses deste ano, 5,7 toneladas de drogas nas rodovias federais que cortam o Estado. Os números registram aumento de 52% no total de maconha apreendida. Fotos: Divulgação/PRF/BA

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), apreensão de anfetaminas registrou um acréscimo de quase 300% em relação ao mesmo período de 2020

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) da Bahia apreendeu somente nos primeiros seis meses deste ano, 5,7 toneladas de drogas nas rodovias federais que cortam o Estado. Os números registram aumento de 52% no total de maconha apreendida (5,3 toneladas), se comparado ao mesmo período de 2020 (3,5 toneladas).

De acordo com a PRF, já o total de apreensão de cocaína foi de 302 quilos; a maioria de pasta-base ou cloridrato de cocaína, que em razão do grau de pureza tem um valor mais alto no varejo e o quilo chega a custar até R$ 150 mil. A pasta-base de cocaína pode também ser convertida em pó o que faz triplicar o lucro dos traficantes.

Segundo a PRF, as apreensões de anfetaminas alcançaram 2.913 unidades. Os dados apontam um acréscimo de 288% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram apreendidos 751 comprimidos.

Ainda de acordo com a Corporação, essas substâncias conhecidas por ‘rebite’ são utilizadas pelos motoristas para diminuir o sono e dirigir por mais tempo na estrada, conduta perigosa que pode ocasionar acidentes graves, por isso, a PRF estará sempre coibindo com muito rigor tal prática.

Destaque também para a apreensão de 2.440 comprimidos de ecstasy. Nos últimos anos houve um crescimento no comércio dessas ‘pílulas’ que produz alterações no sistema nervoso central e são geralmente usados em festas frequentadas por jovens, provocando euforia e alucinações. Se usado em altas doses, pode provocar convulsões e até parada cardiorrespiratória.

Ainda foram apreendidos 111 quilos de crack; 4,2 quilos de haxixe, que é uma droga produzida a partir da resina da cannabis sativa (a planta da maconha) e tem um valor bem mais elevado; bem como a apreensão de 4,5 quilos de skunk, conhecida como a “supermaconha” que é uma droga produzida em laboratório feita através de vários cruzamentos de tipos de maconha e seus efeitos podem ser cerca de sete vezes mais fortes do que os da maconha comum.

Nesses seis meses de 2021, foram registradas pela Corporação 62 ocorrências relacionadas ao crime de tráfico de drogas e 81 pessoas foram presas.

Sucesso no combate

As rodovias federais seguem sendo o principal modal de locomoção no Brasil, tanto para cargas e pessoas que movimentam a economia do país, quanto para os criminosos com complexos esquemas de logística para transportar ilícitos. Já as organizações criminosas se valem de rotas comercialmente existentes, aliadas a formas clandestinas. Porém, independente do modal utilizado, em algum momento, os ilícitos serão transportados por rodovias.

Por isso, a PRF apertou o cerco ao narcotráfico e alguns fatores contribuíram para esses resultados como ao apostar na estratégia de orientar o policiamento com informações de inteligência policial e tecnologia da comunicação para tornar mais efetiva as fiscalizações dos veículos nas rodovias, bem como investir no treinamento e capacitação constante dos policiais, auxílio dos cães farejadores e integração com outros órgãos.

 

Essas ações têm se mostrado um diferencial no enfrentamento ao tráfico de drogas dentro e fora das Brasil. A ideia da PRF é ‘desmantelar’ toda a estrutura logística e financeira do crime organizado, visto que há outros ilícitos que orbitam o comércio de drogas, como o tráfico de armas e o de roubo de veículos, já que as organizações se utilizam destes veículos para a prática de outros crimes, como assaltos, transporte de drogas e contrabando.

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