Depois do sucesso obtido com o asfalto borracha implantado na RJ-122 (Guapimirim-Cachoeiras de Macacu), chegou a oportunidade de outra rodovia estadual receber a tecnologia reconhecida e premiada internacionalmente. Desta vez a técnica será adotada na RJ-151, no trecho compreendido entre distritos de Visconde de Mauá e Maringá, ambos no município de Resende.

Com um investimento total orçado em quase R$ 9 milhões, recursos provenientes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a obra faz parte do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur). De acordo com o cronograma previamente estabelecido pelo DER-RJ as obras estão programadas para serem concluídas no início do segundo semestre de 2013.

Durante a fase inicial o órgão estará utilizando um efetivo diário composto por aproximadamente 40 homens, assim como um vasto maquinário: escavadeiras hidráulicas, retro-escavadeiras, caminhões, carregadeiras, patrols e rolos-compressores. Durante esta etapa os esforços estarão concentrados na limpeza da pista, roçado e instalação dos bueiros. Posteriormente as equipes iniciarão os serviços de terraplenagem, drenagem, pavimentação, contenção de encostas e sinalização da via.

O projeto faz parte do plano de dinamização do turismo, fortalecimento da economia e mobilidade da população da região, iniciado com a pavimentação da RJ-163, no trecho entre Capelinha e Visconde de Mauá, entregue em dezembro de 2011 pelo DER-RJ.

Em outubro de 2007, o governador Sérgio Cabral assinou o Decreto 40.979, definindo o conceito de estradas-parque no Estado do Rio e autorizando a pavimentação, segundo conceitos ecológicos de rodovias em unidades de conservação. Para ser pavimentada, determinada estrada-parque terá de obter licença ambiental do Inea (Instituto Estadual do Ambiente) e obedecer a uma série de critérios em respeito à conservação do ecossistema da região.

O Presidente do DER-RJ, Henrique Ribeiro, disse que o uso do asfalto-borracha tem outras vantagens: o material possui alta viscosidade, com mais de 50% de aderência, o que representa redução de acidentes, e diminuição de 40% do ruído e dos custos, em relação ao asfalto tradicional, além de maior durabilidade, numa média de 20 anos. O produto é processado por uma Usina de Fabricação de Asfalto Borracha, instalada pelo DER-RJ no próprio canteiro de obra.