Em menos de uma semana, 3.646 pessoas ingressaram no grupo denominado “Movimento Pedágio Não (MPN)”, na rede social Facebook.

A página foi criada pela jornalista Fernanda Leite e cada vez mais adeptos tem se interessado em manifestar contrários à exploração comercial da MT-251, estrada que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães (67 km de Cuiabá), com extensão a Campo Verde (140 km).

Neste domingo (19), a partir das 8 horas, em frente ao Supermercado Atacadão, no marco zero da rodovia, no bairro Jardim Florianópolis, será realizado uma manifestação, com panfletagem, para avisar os motoristas sobre as intenções do governo estadual.

Fernanda disse que não espera que muitas pessoas compareçam na data e nem é a quantidade de manifestantes o alvo da campanha.

“Não é uma cultura do cuiabano sair às ruas para fazer protesto. Eu esperava adesões, mas não tantas em um prazo tão curto, me surpreendeu”, disse “Muitas pessoas vêm de Chapada para estudar aqui. Esse Governo fixou esse preço baseado em quê?”

Além da panfletagem, ela deve convidar os integrantes do grupo a fazer uma carreta em direção a Chapada dos Guimarães e fazer “barulho” na cidade.

A jornalista pretende chamar a atenção dos moradores, turistas e empresários da cidade sobre as consequências da cobrança do pedágio para ir e voltar da cidade.

“Não se pode derrubar uma árvore sem o consentimento do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). Como falam que vão duplicar? Não se pode colocar barreiras entre os municípios do Vale do Rio Cuiabá. Muitas pessoas vêm de Chapada para estudar aqui. Esse Governo fixou esse preço baseado em quê?, questionou.

No projeto para a concessão da MT-251, são previstas quatro praças de pedágios, duas para cada um dos dois trechos Cuiabá-Chapada e Chapada-Campo Verde, nos quilômetros 6, 26, 51 e 59.

As praças foram informadas à população durante as audiências públicas, realizadas em Cuiabá, Chapada e Campo Verde, nos dias 6, 7 e 8 de janeiro, respectivamente, quando foi apresentado o estudo de viabilidade técnica, econômica, financeira e social da implantação do pedágio.

A partir do levantamento é que o valor de R$ 7,50, para as praças do primeiro trecho, foi calculado.

O valor, no entanto, não é oficial e servirá de teto máximo quando o Governo do Estado abrir licitação, na modalidade menor preço.

O Poder Executivo deve encaminhar o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) ao Ibama, que fará a avaliação.

Concessão

O Governo do Estado reforçou que o modelo que será adotado na Rodovia Emanuel Pinheiro é o de concessão, não o de privatização.

A justificativa é que, no caso da concessão, além de um prazo estimado dentro da licitação, é permitida a transferência da administração passado o prazo ou, até mesmo, antes, caso haja necessidade.

Atualmente, Mato Grosso possui cinco trechos concedidos, com tarifas que variam de R$ 3,90 a R$ 6,50.

Novos pedágios

Até o final de janeiro, o Governo pretende lançar sete editais de concessão de rodovias.

os 30 mil quilômetros de rodovias estaduais que existem em Mato Grosso, ao menos 1 mil devem ser privatizadas por meio de um plano de Governo para parcerias público-privadas (PPP).

Entre as rodovias que passarão a ser geridas pela iniciativa privada, estão as que ligam as cidades de Cuiabá-Rosário Oeste, Diamantino-Campo Novo dos Parecis, Cuiabá-Campo Verde (passando por Chapada dos Guimarães) e Primavera do Leste-Paranatinga.

Fonte: Midia News