NOVA PONTE DO GUAÍBA: A nova Ponte do Guaíba na BR-116, em Porto Alegre (RS), foi liberada ao tráfego na manhã desta quinta-feira (10), pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Fotos: Divulgação

De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), abertura da Obra de Arte Especial (OAE) ocorreu nesta quinta-feira (10)

A nova Ponte do Guaíba na BR-116, em Porto Alegre (RS), foi liberada ao tráfego na manhã desta quinta-feira (10), pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

De acordo com a Autarquia, trata-se de uma das obras mais significativas para a logística gaúcha realizadas recentemente pelo Ministério da Infraestrutura (MInfra), que tem estimativa de fluxo de veículos da ordem de 50 mil diários.

Ainda de acordo com o Dnit, a nova Ponte do Guaíba vai melhorar a ligação da Capital com o Porto do Rio Grande e o fluxo interno da cidade. Além da duplicação da BR-116, entre Guaíba e Pelotas – que também nesta quinta (10) tem mais 27,1 quilômetros de novas pistas liberados ao tráfego – vai ampliar e tornar mais eficiente o escoamento da produção nacional para os países do Mercosul. Outras melhorias na infraestrutura do estado estão em andamento.

Segundo o Dnit, a conclusão da OAE, os usuários terão uma alternativa à ponte Getúlio Vargas e seu vão central móvel, em funcionamento desde 1957. Sempre que um navio de grande porte necessita passar sob a ponte Getúlio Vargas, é necessário parar o trânsito de veículos para elevar a plataforma móvel. Este içamento ocorre diariamente, provocando engarrafamentos de até cinco quilômetros em ambos os sentidos das rodovias BR-116 e BR-290, a Freeway, afetando o tráfego interno de Porto Alegre.

Características

A principal característica da Nova Ponte do Guaíba, que tem altura livre dos vãos navegáveis de 40 metros do nível da água, é não precisar ser elevada, o que vai eliminar o principal problema no tráfego da Região Metropolitana de Porto Alegre. Iniciada pelo Dnit em 2014, a obra passou por período de estagnação e foi retomada a partir de janeiro de 2019, sendo classificada como prioritária pelo Governo Federal.

A transposição sobre o Lago Guaíba tem 2,9 quilômetros de extensão, de um total de 13,6 quilômetros da obra. São 7,6 quilômetros apenas em obras de artes especiais e mais seis de aterro, tendo 28 metros de largura nos vãos principais. O empreendimento da Nova Ponte do Guaíba foi executado quase em sua totalidade por elementos pré-fabricados. Ao todo foram moldadas mais de 18 mil unidades de estacas, pilares, vigas, lajes, aduelas, guarda-rodas e outras que consumiram 348,7 mil toneladas de concreto e quase 19 mil toneladas de aço. Apoiada em 3.232 estacas, a Nova Ponte do Guaíba é composta por duas faixas de rolamento para cada sentido (com 3,8 metros de largura cada), canteiro central de 1,3 metro e acostamentos de 3,9 metros.

Para liberar as frentes de obra, foi necessário realocar mais de 501 famílias na faixa de domínio da Nova Ponte do Guaíba, no bairro Arquipélago (Ilha Grande dos Marinheiros e Ilha do Pavão). Dessas, 487 foram reassentadas por meio de compra assistida e outras 14 foram desapropriadas e indenizadas.

Com a realocação desta população, que vivia da reciclagem de lixo, o meio ambiente também ganhou com a obra da Nova Ponte do Guaíba, uma vez que parte destas famílias morava dentro do Parque Estadual do Delta do Jacuí, uma unidade de conservação de proteção integral. Depois da saída destes moradores, ao todo foram retiradas da faixa de domínio da obra e do seu entorno mais de 15 mil toneladas de detritos. Esse material foi encaminhado para um aterro sanitário licenciado.

Mais da metade da BR-116, entre Guaíba e Pelotas, tem pistas duplas

Mais 27,1 quilômetros de pistas duplicadas na BR-116, entre Guaíba e Pelotas, estão sendo liberados ao tráfego nesta quinta-feira (10). A duplicação deste segmento da BR-116 totaliza 211,2 quilômetros de pista nova para os usuários da rodovia, dos quais mais da metade já opera em pistas duplas.

Serão entregues nesta quinta-feira mais 10,51 quilômetros em Barra do Ribeiro (do Km 320 ao 330,5); outros 9,1 quilômetros entre Tapes e Camaquã (entre os Kms 373 e 382,1); e por fim, mais 7,5 quilômetros em Cristal (do Km 430,6 ao 438,1). Com estas liberações, a obra chega a 57% do total a ser duplicado.

Ao longo dos últimos dois anos o Ministério da Infraestrutura concluiu e liberou ao tráfego trechos em Pelotas, São Lourenço do Sul, Turuçu, Cristal, Camaquã, Tapes e Barra do Ribeiro.

O projeto de duplicação beneficia diretamente 12 municípios da região Sul do Estado e vai além da implantação de uma nova pista. Os usuários da rodovia passarão a contar também com melhorias como travessias urbanas, ruas laterais, retornos operacionais, viadutos, passarelas e pontes. Com todas essas intervenções, a obra trará mais segurança, conforto e organização ao tráfego das cidades do seu entorno.

Durante o evento, também foi assinado o contrato para início dos projetos e obras no Lote 10 da BR-116, contemplando a duplicação da ponte sobre o rio Camaquã e a implantação do viaduto em Pompeia.

Obras de duplicação avançam no Contorno de Pelotas

E também nesta quinta-feira (10), a pista do viaduto construído na intersecção da BR-392/RS com a via férrea, no km 65,4 da rodovia, em Pelotas, começa a operar em mão dupla, temporariamente, até que seja concluída a construção da estrutura. Desde o dia 02/12, a pista sentido Jaguarão-Rio Grande estava liberada ao tráfego. O viaduto integra as obras do Contorno de Pelotas – duplicação rodoviária localizada no sul do Rio Grande do Sul e que faz a ligação com o Porto de Rio Grande.

Desde 2019, quatro liberações ao tráfego:

  • o viaduto construído no entroncamento da BR-392 com a Avenida Viscondessa da Graça;
  • 3,5 quilômetros do trecho que vai do viaduto do entroncamento com a avenida Viscondessa da Graça até o viaduto em construção sobre a via férrea, incluindo a ponte sobre o canal Santa Bárbara;
  • três quilômetros em maio de 2020 (do Km 66 da BR-392 ao 526,4 da BR-116), incluindo os viadutos construídos nos entroncamentos da Oderich e da Avenida Duque de Caxias, no sentido Jaguarão-Rio Grande;
  • um dos viadutos sobre a via férrea em dezembro de 2020.

Mais melhorias

Desde quarta-feira (9), a passagem inferior do projeto da interseção de acesso ao município de Bozano, localizada entre o Kms 443 e 444 da BR-285, no perímetro urbano da cidade, já estava liberada.

A obra integra um conjunto de melhorias como a implantação de uma semirrótula e de 1,7 quilômetro de ruas laterais destinadas a conectar os dois lados da cidade dividida pela BR-285/RS.

Os trabalhos devem ser concluídos em janeiro de 2021. Ainda no Rio Grande do Sul, o Dnit concluiu a restauração de 10 quilômetros de pista, entre os Kms 509 e 519 da BR-472, em Itaqui. O trecho começou a ser recuperado em junho deste ano.

As obras de infraestrutura no Rio Grande do Sul continuam. Esta semana também foram abertas as propostas da licitação para projeto e obras de implantação dos oito últimos quilômetros que faltam de pavimentação da BR-285, importante empreendimento que fará a ligação do Rio Grande do Sul com Santa Catarina.

Com assessoria de Comunicaçao do Dnit

2 COMENTÁRIOS

  1. São com certeza obras muito importantes para a região. Em contrapartida, é triste a situação da duplicação da BR 290 que, aliás, fica bem próximo destes locais. As duas únicas obras da duplicação que estavam em andamento (viadutos de acesso as cidades de Charqueadas e Pantano Grande) ainda não podem ser utilizados pois o governo federal retirou dinheiro destas obras (que já era pouco) e os acessos não puderam ser concluídos. O trecho não duplicado da BR 290 apresenta um grande número de acidentes (é o terceiro em número de acidentes e mortes no estado) e concentra um grande fluxo de veículos, fazendo parte da principal rota utilizada por caminhões no Mercosul (liga ao maior porto seco da América Latina) e por turistas argentinos e uruguaios durante o verão. É vergonhosa a situação da BR-290 levando em conta a importância para o estado e para o país.

    • Prezado Renato Teixeira,

      Obrigado por nos prestigiar. Entraremos em contato com o Dnit para obter uma posição a respeito da BR-290, no trecho que o sr. citou.
      Assim que obtivermos uma resposta, manteremos contato com o senhor.

      Atenciosamente,
      Equipe Estradas

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