O ano ainda não acabou; nem os aumentos nos pedágios.

Artesp e ANTT, agência paulista e federal, respectivamente, autorizaram reajustes em diversas praças de pedágios, que valem a partir de hoje, dia 31 e 1º de janeiro de 2019

O ano de 2018 não terminou. Nem os aumentos nas tarifas de pedágio. A ANTT – Agência Nacional de Transporte Terrestre, e a Artesp – Agência de Transportes do Estado de São Paulo, publicaram na semana em seus respectivos Diários Oficiais os reajustes das tarifas de pedágios de algumas concessionárias.

Dentre elas, a Ecosul, que administra as rodovias BR-116 e BR-392, no Sul do país; Autopista Régis Bittencourt, responsável pela BR-116 e BR-392; Concessionária Auto Raposo Tavares – CART, que mantém as rodovias Raposo Tavares (SP-270), SP-225 e SP-327; e os valores das tarifas dos pedágios na concessionária Via Paulista, administradora da SP-255, do Grupo Arteris, que devem ser cobrados em data a ser divulgada pelo Governo de São Paulo.

Segundo a assessoria de imprensa da Artesp, “a partir da publicação em Diário Oficial, o Secretário de Logística e Transportes tem 30 dias para homologação do início da cobrança do pedágio”.

Novos valores – Autopista Régis Bittencourt, Cart e Ecosul

Os usuários da rodovia Régis Bittencourt (BR-116), que liga São Paulo a Curitiba (PR) pagam, desde à zero hora deste sábado (29), R$ 3,20, para veículos de passeio, R$ 1,60, para motocicletas, e R$ 6,40, para caminhões leves e ônibus com dois eixos.

Usuários da BR-116 estão pagando mais caro nos pedágios da Autopista Régis Bittencourt, desde à zero hora deste sábado (29): veículos de passeio pagam R$ 3,20 e motos, R$ 1,60. Foto: Arteris

Em comunicado nessa sexta-feira (28), a assessoria da CART – Concessionária Auto Raposo Tavares, do grupo Invepar, esclareceu que os novos valores de tarifas foram aprovados pela ARTESP – Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo e correspondem aos reajustes anuais de tarifas previstos para os anos de 2013 e 2014, que não foram integralmente concedidos à época.

Os novos valores entram em vigor a partir da 0h desta segunda-feira (31). O reajuste com maior percentual foi na praça de Piratininga (7.81%), enquanto o menor se deu em Regente Feijó (5,97%).

A tarifa mais cara passa a ser na praça de Presidente Bernardes (R$ 9,40, para veículos de passeio); e a menor, em Santa Cruz do Rio Pardo (R$ 5,40, também para carros). Já as motocicletas pagarão a metade do valor da tarifa para veículos de passeio da respectiva praça de pedágio.

Em novembro, a praça de Presidente Bernardes teve uma reclassificação tarifária, o que provocou, na ocasião, um aumento de R$ 0,10 no valor da tarifa.

A Ecosul reajustará as tarifas a partir de 1º de janeiro de 2019, e, portanto, os veículos de passeio pagarão R$ 12,30, enquanto os comerciais com dois eixos, R$ 24,70. Esses valores são válidos para as praças de pedágio Praças Retiro, Capão Seco, Glória, Pavão e Cristal. Motos não pagam tarifa.

Indignação

O Estradas, depois de tentar contato por vários meios (ouvidoria, assessoria de imprensa da FSB, que representa o Grupo Arteris, tanto por e-mail quanto por telefone) não obteve sucesso. No 0800 da Via Paulista, a atendente informou que não tinha como avisar ninguém, pois se tratava de uma central de atendimento.

Após diversas tentativas pelos canais que imaginou serem óbvios, a reportagem ligou para a Secretaria de Comunicação do Governo de São Paulo, que prontamente passou o celular de plantão de imprensa da Artesp; já que no site da agência não tinha essa informação.

Em contato com o assessor de imprensa, Antônio Carlos Silveira, ele informou que iria verificar e solicitou o envio um e-mail; o que foi prontamente feito.

Lamentavelmente, aconteceu o que não deveria: dificuldade em se comunicar com os responsáveis pelo setor de imprensa das concessionárias de serviços públicos, bem como do órgão que as representa, a Artesp, que, no caso, atendeu a reportagem depois de muita canseira. Fica a dica para os responsáveis pelo setor de imprensa da Artesp e do Grupo Arteris para que deem uma atenção maior aos jornalistas de veículos de comunicação, porque o movimento nas estradas não param nem a cobrança nas cabines dos pedágios.