RETOMADA: Finalmente, dois meses após a efetivação da troca de controle para o Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da MT PAR, a concessionária Nova Rota do Oeste vai retomar as obras de duplicação da BR-163, demanda antiga da população e usuários da rodovia. Foto: Divulgação

De acordo com a concessionária responsável, primeiro trecho a receber as melhorias será o trecho de 86 quilômetros entre Diamantino (MT), próximo ao Posto Gil, e Nova Mutum (MT)

Finalmente, dois meses após a efetivação da troca de controle para o Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da MT PAR, a concessionária Nova Rota do Oeste vai retomar as obras de duplicação da BR-163, demanda antiga da população e usuários da rodovia.

Segundo a concessionária responsável, o primeiro trecho a receber as melhorias será o segmento de 86 quilômetros entre o Diamantino (MT), próximo ao posto Gil, e Nova Mutum, com investimento total de cerca de R$ 620 milhões em até 24 meses.

Segundo a concessionária, a Ordem de Serviço (OS) foi assinada nesse sábado (1º/7), pelo governador Mauro Mendes, durante solenidade em Nova Mutum (MT), e contou com a participação do diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Rafael Vitale.

Além da duplicação em si, o projeto contempla também pontes, viadutos e a recuperação estrutural completa da pista antiga. Os recursos financeiros para a retomada das obras de grande porte na rodovia foram garantidos após a troca de controle da concessionária para o Governo do Estado de Mato Grosso, formalizada em 4 de maio deste ano.

Tal acordo, foi possível graças à união de esforços dos envolvidos no processo, com o apoio da ANTT, do Ministério dos Transportes (MT), Governo do Mato Grosso e do Tribunal de Contas da União (TCU).

Participação do Governo de Mato Grosso

O Governo de Mato Grosso aportou R$ 1,6 bilhão, o suficiente para o saneamento da dívida bancária da companhia e para garantir a reativação das frentes de trabalho. O projeto prevê a execução de todo o saldo de obras previsto originalmente no contrato, que são cerca de 450 quilômetros de duplicação, 34 obras de artes especiais (pontes, trevos e viadutos), além de passarelas e a recuperação estrutural da via. O investimento total será de R$ 7,5 bilhões em até 8 anos.

Os serviços terão início à margem da pista sentido norte a partir do km 507, na região conhecida como Posto Gil, em Diamantino (MT), avançando até o km 593,6, em Nova Mutum. A previsão é que no primeiro ano de obras sejam concluídos 36 quilômetros de pista nova, acostamento, canteiro central, sinalização horizontal e vertical, além da recuperação da via antiga.

Nesse período, também deve ser concluído um retorno em desnível. Para o segundo ano de obra, está prevista a conclusão dos serviços até Nova Mutum, construção de duas pontes (uma sobre o rio Arino e outra sobre um afluente) e mais dois diamantes (obra de arte relacionada a contornos e retornos) no km 572 e no km 592, em Nova Mutum.

A retomada da duplicação reflete na economia de Mato Grosso, uma vez que movimentará o mercado de trabalho e o valor do frete rodoviário. Durante as obras deste segmento serão empregadas cerca de 530 pessoas e utilizadas mais de 220 máquinas.

Retomada da duplicação

A retomada da duplicação da BR-163 faz parte do plano de ataque elaborado pela concessionária Nova Rota do Oeste e que vem sendo realizado desde 4 de maio, quando foi efetivada a troca de controle acionário e o Governo de Mato Grosso, por meio da MT PAR, passou a gerir o contrato.

Já no primeiro dia, foram assinadas cinco ordens de serviço dando início à recuperação da BR-163, BR-364 e Rodovia dos Imigrantes (BR-070), de Cuiabá (MT) a Sinop (MT).

Também como parte do plano de ataque estão a assunção do trecho da BR-364 – de Cuiabá (MT) a Rondonópolis (MT) – que está em recuperação e cerca de R$ 4 milhões são investidos por mês; e ainda a readequação viária da travessia urbana de Sinop, onde serão construídos dois viadutos com obras previstas para iniciar no segundo semestre de 2023.

Histórico

O trecho de 850,9 quilômetros da BR-163, de Itiquira (MT) a Sinop (MT), foi concedido à iniciativa privada pela ANTT, em 2014. O contrato estava sob a responsabilidade da Concessionária Rota do Oeste (CRO), que suspendeu as obras de duplicação em abril de 2016 diante da negativa da concessão do financiamento de longo prazo por parte dos bancos públicos à época. As crises política e econômica que se sucederam também impactaram negativamente neste e em todos os outros projetos de concessão de rodovias federais em curso no Brasil.

Com a solução inédita de transferência de controle acionário para a MT PAR, sociedade de economia mista mato-grossense, as obras já retomaram, com a recuperação asfáltica e reciclagem estrutural, incluindo a renovação da sinalização de segurança por toda a rodovia. Mais informações no site da concessionária.

Comentários encerrados