Simulador especial instalado em Goiás está mostrando por que o uso de um equipamento obrigatório de trânsito é tão importante. Somente em rodovias federais, no ano passado, a Polícia multou quase 180 mil motoristas e passageiros pela falta do cinto. E para mostrar que o equipamento pode salvar vidas, instrutores levaram para a estrada um simulador que reproduz um capotamento.

Por reflexo, motoristas se agarram ao volante, passageiros tentam segurar em algo, mas veja que mesmo com as mãos soltas, o cinto mantém a pessoa presa ao banco. “Girando, virando o seu corpo, você fica desesperado, não sabe o que fazer. Mas eu senti que o cinto de segurança estava me prendendo de maneira correta”, conta a secretária Valdélia de Deus Coutinho.

Quando o carro está de cabeça para baixo o motorista e o passageiro, num capotamento de verdade, percebem que o uso do cinto de segurança pode evitar pelo menos duas situações: que alguém se machuque dentro do carro ao bater em algum objeto ou seja arremessado pra fora.

Na aula com o simulador, o instrutor Pércio Prado ensina como sair do carro: coloque as mãos no teto para proteger a cabeça, apóie as pernas também no teto. E só depois, já bem apoiado, solte o cinto, que geralmente fica travado após o acidente.

“O cinto ele trava porque o seu peso está fazendo a trava realmente segurar o seu corpo. Se você tentar soltar essa trava com ela segurando seu corpo, você não vai conseguir. É onde as pessoas apavoram, querem usar uma faca, querem usar uma tesoura, que podem se machucar. Então essa técnica vai fazer o cinto aliviar na hora de soltar a trava”, explica.

“A lição que fica é que existe um equipamento chamado cinto de segurança. E ele não está ali à toa. Se ele está ali, é pra ser usado”, diz o instrutor de segurança no trânsito Cícero Romão Alves Paiva.