A Advocacia-Geral da União (AGU) recebe nesta quarta-feira (29) entidades de classe representativas das transportadoras multadas por obstrução de vias durante a última greve dos caminhoneiros. Foram R$ 715 milhões em multas a 151 empresas.
A Associação Brasileira Transporte e Logística de Produtos Perigosos (ABTLP) é, por exemplo, uma delas e aposta na reunião para rever a multa de mais de R$ 20 milhões para companhias que fazem esse tipo de serviço.
A associação afirma que as empresas não deram causa ou apoiaram a paralisação, elas foram impedidas de seguir suas viagens por estarem transportando produtos perigosos, inclusive combustíveis, e trafegando em vias bloqueadas pelos manifestantes.
Tanto o Supremo Tribunal Federal (STF) quanto a AGU já declararam que não existe a possibilidade de anistia das multas para as empresas que permaneceram bloqueando deliberadamente estradas após a liminar, que determinava a desobstrução, emitida a pelo ministro Alexandre de Moraes durante a greve.