Tarifas devem ficar entre R$ 6 e R$ 11,10; valores podem mudar se leilão for na modalidade “menor tarifa”
A empresa que ganhar o leilão da Rodovia MS-306 poderá explorar o pedágio em três pontos ao longo dos 219 quilômetros de extensão concedidos. A estimativa é que em 30 anos, o dinheiro pago pelos motoristas reverta em pelo menos R$ 3 bilhões para a concessionária. A contrapartida é investimento de ao menos R$ 1 bilhão em melhorias e na manutenção da rodovia.
Dentre os investimentos previstos para os primeiros 12 meses após a assinatura do contrato de concessão estão a limpeza das pistas e acostamentos, restauração preliminar do pavimento e da iluminação, e troca de sinalização defasada. Depois deste prazo, pistas serão duplicadas ou ganharão terceira faixa.
A previsão é que o pedágio custe entre R$ 6 e R$ 11,10. Os valores, porém, podem mudar totalmente, pelo fato do estudo ter sido elaborado há dois anos e ainda, porque o modelo de leilão sugerido é o de “menor tarifa” e “maior valor outorga”. Este último é o montante que a empresa vencedora do certame paga ao governo como garantia dos investimentos que se comprometerá a fazer e para iniciar a exploração das praças de pedágio.
MS-306
A Rodovia MS-306 começa na divisa de Mato Grosso do Sul com Goiás e passa por Costa Rica, Chapadão do Sul e Cassilândia, no nordeste do Estado.
Baseado no estudo, a rodovia é importante rota para o escoamento da produção do norte do Centro-Oeste, “servindo tanto como acesso rodoviário ao modal hidroviário do Mercosul, através da Hidrovia Tietê-Paraná, como ao modal ferroviário operado pela Rumo Logística Malha Norte, com terminais ferroviários nos municípios de Chapadão do Sul e aparecida do Taboado, em Mato Grosso do Sul, além de ser a rota rodoviária para os caminhões que buscam os portos marítimos de Paranaguá (PR) e Santos (SP)”.
Audiência Pública
A concessão da MS-306, no trecho entre a divisa com Mato Grosso até Cassilândia (BR-158), entra em debate neste mês com consulta pela internet e audiência pública. As sugestões e contribuições deverão ser formalizadas por meio de formulário disponível no site do Escritório de Parcerias Estratégicas (clique aqui) e enviadas ao e-mail [email protected]. O prazo termina em 31 de agosto. As sugestões devem ser identificadas e fundamentadas.
De acordo com o governo sul-mato-grossense, a audiência pública será realizada no dia 16, das 9h às 12h, no Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande. Para escolha da empresa, será levado em conta vários fatores, como investimentos e manutenção dos serviços durante 30 anos.