Após a trágica morte do ex-deputado Jota Barreto na BR-163, que é administrada pela empresa Rota Oeste, subsidiária da Odebretch, leitores do Muvuca Popular sugeriram suspender pedágio.

A Rota Oeste, empresa da Odebrecht TransPort, é responsável pela duplicação, recuperação, conservação, manutenção e implantação de melhorias da BR-163, entre os municípios Itiquira (MT) e Sinop (MT), São 850,9 quilômetros de estradas sob concessão da Rota do Oeste que atua em Mato Grosso desde 2014.

O leitor Ju Ayres, deu uma sugestão bastante plausível, para que algum deputado proponha, na Assembleia, a suspensão da cobrança de todas as praças de pedágio da BR 163 em MT, até que a rodovia esteja 100% duplicada e ofereça segurança para os motoristas.

Embora tenha sido uma tragédia, por conta do descarrilamento de um caminhão, a morte de Barreto pode suscitar estes e outros debates.

É inconcebível, por exemplo, a cobrança de pedágio sem a conclusão das obras, e sem o financiamento do BNDES, até porque a empresa está proibida de receber financiamento em função das investigações da Lava-Jato, e por isso as obras não avançam. Por dia 70 mil automóveis transitam pela rodovia.

O que a Rota Oeste está fazendo são apenas pequenos trechos e reparos com o dinheiro do pedágio que arrecada. O caso é mesmo de polícia, e infelizmente teve que acontecer uma fatalidade para isso vir à tona.

Durante os 30 anos de concessão, a BR–163 deveria receber da empresa investimentos de R$ 5,5 bilhões. Nos cinco primeiros anos, eram para ser investidos ao menos R$ 2,8 bilhões, e concluída a duplicação de um trecho de 453,6 km entre a divisa com Mato Grosso do Sul até Rondonópolis, de Posto Gil a Sinop, além da Rodovia dos Imigrantes. Quase nada dessas obras foram feitas.

Em tempo: Somente este ano, duas manifestações ocorreram, uma delas fechando a praça de pedágio próximo a Sinop, cobrando melhorias nas estradas e a duplicação assinada em contrato.

Fonte: Muvuca Popular