O motorista que trafega pelas rodovias de acesso à Sorocaba, Raposo Tavares ou Castello Branco, já pode contar com a tecnologia a favor da sua segurança. No último ano, o Centro de Controle Operacional (CCO) da Viaoeste (em Barueri) ganhou reforço tecnológico e dobrou a capacidade de monitoramento das estradas. Atualmente, são 90 câmeras espalhadas pelos 168 quilômetros de concessão (que incluem o Rodoanel) ligadas 24 horas, monitoradas por 15 funcionários e mais dois integrantes da Polícia Militar Rodoviária.
Além das câmeras, mais de 20 painéis espalhados pelas estradas têm informado os motoristas do videomonitoramento. Além disso, na área de concessão da Colinas, por exemplo, outras 23 câmeras monitoram os motoristas desde 2004. Fatos que têm inibido infrações de trânsito que resultam em acidentes, tem potencializado o socorro rápido e reduzido o uso dos acessos para crimes.
Em 1998, a Viaoeste registrou 111 mortes por acidentes e em 2010 foram 73; redução 38 acidentes. Já entre janeiro e abril do ano passado, a concessionária somou 941 acidentes, com 702 feridos e 23 mortes. No mesmo período, neste ano, foram somados 1.002 acidentes, 708 feridos e 21 mortes. O número de acidentes cresceu entre um período e outro, mas o de mortes caiu. O volume de tráfego cresceu cerca de 10% ao ano, desde o início da concessão, em 1998, o que elevou a exposição a acidentes. E atualmente estima-se que 600 mil veículos trafeguem por dia pela área de concessão. Além dos números de acidentes registrados pela concessionária, a Polícia Militar Rodoviária (PMR) também já verificou queda nas infrações. O 1º Pelotão da PMR na rodovia Castello Branco, por exemplo, que fiscaliza o trecho km 13 ao 69, conta com 47 câmeras no percurso; o que possibilita visualização do tráfego nos dois sentidos.
De acordo com Polícia Rodoviária, em outubro passado houve 392 autuações por infrações de direção incorreta. Mas em março passado foram 150, destacando queda de 161% entre um mês e outro.
Outra queda considerável foi registrada nas infrações de caminhões que trafegavam pela pista da esquerda, o que é proibido: em outubro passado foram 217 autuações contra 31 de março deste ano. A infração por trafegar pelo acostamento gerou 251 multas em outubro de 2010 e 31 em março passado. As explicações para a queda e/ou aumento dos números são muitas. Mas o fato é que desde que o motorista passou a ser informado da fiscalização eletrônica pelos painéis da estrada, eles estão mais bem comportados. “Percebemos melhora no comportamento dos motoristas, agora pensam mais antes de cometer infrações ou fazer ultrapassagem perigosa”, afirma Fausto Camilotti, gerente do setor de Integração com o Cliente da Viaoeste. Já para o aspirante a oficial da PMR, PM João Sadala Sfair, a ampliação de câmeras no trajeto facilitou o trabalho dos policiais e das concessionárias. Um exemplo, segundo ele, é que o tempo antes gasto nos atendimentos da polícia foi reduzido em cerca de 50%, o que também favoreceu a prevenção de acidentes. “Em outubro de 2010 autuamos duas pessoas embriagadas e em março passado foram sete. As câmeras aumentaram o campo de visão do policial. Ao visualizar um carro fazendo zig zag, a viatura mais próxima o aborda. Isso fomenta a eficiência na fiscalização e explica os números”, afirma Sadala.
De acordo com Camilotti, a medida leva mais segurança para quem dirige pelas rodovias da CCR. Isso porque, os investimentos tecnológicos na fiscalização possibilitaram que as equipes médicas ou mecânicas cheguem em 85% das ocorrências em menos de 10 minutos. “Isso facilita a vida de todo mundo, da pessoa socorrida e dos motoristas ao redor. Em minutos, acionamos as viaturas mais próximas, a pista é interditada e o socorro feito. O objetivo é atender as ocorrências no menor tempo possível, para garantir fluidez ao tráfego”, fala ele, que ressalta: “Há uma pesquisa do Ipea, de 2006, que aponta que um acidente com vítimas fatais e com lesões graves custam em média R$ 400 mil ao Estado, desde o atendimento até o auxílio morte ou acidente. Isso quem paga é o cidadão. Sem contar que evitar uma morte, salvar vidas, não tem preço e só traz benefícios à comunidade e ao cidadão. Ele está pagando por isso, deve receber segurança”, finaliza.
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