A Autopista Planalto Sul fechou 16 acessos irregulares, em Santa Catarina, de janeiro a junho deste ano na BR-116. Neste período, os acidentes nestes locais diminuíram 85%, conforme a tabela:
PERÍODO ANALISADOKMSENTIDOTOTAL DE ACIDENTES ANTES DO FECHAMENTOTOTAL DE ACIDENTES DEPOIS DO FECHAMENTOREDUÇÃO %Total de fechamentos
MESES (JAN- FEV- MAR)069+510/SCSUL200-100%1
026+050/SCSUL50-100%1
149+060/SCSUL90-100%1
116+940/SCNORTE160-100%1
013+020/SCSUL120-100%1
014+554/SCSUL130-100%1
026+596/SCNORTE110-100%1
036+940/SCNORTE90-100%1
130+026/SCNORTE90-100%1
055+055/SCNORTE5180%1
MESES (ABRIL-MAIO-JUNHO)051+000/SCSUL80-100%1
061+000/SCSUL50-100%1
057+000/SCNORTE20-100%1
053+000/SCNORTE64-33%1
102+000/SCNORTE30-100%1
208+834/SCSUL100-100%1
Total1435-85%16

 

De acordo com o contrato de concessão e determinação da ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres, a concessionária deve fechar todos os acessos irregulares no trecho concedido.

São considerados acessos irregulares, aqueles que  foram criados por conta de particulares ou do município sem sinalização nenhuma e muitas vezes precários.

A concessionária comunica o proprietário, particular ou municipal, sobre o fechamento através de uma intimação e dá um prazo para regularização. O proprietário deve apresentar um projeto que será autorizado pela concessionária. Se nada for feito, a concessionária tem o direito de regularizar o acesso.

“Primeiro analisamos o acesso e verificamos se o morador ou comerciante não vai ficar sem entrada e saída do local. Depois fazemos toda a sinalização necessária para dar segurança ao usuário. É importante dizer que nunca fechamos um acesso, sem dar opção de entrada e saída”, diz o diretor superintendente da Autopista Planalto Sul, Antônio Cesar Ribas Sass.

A concessionária faz um levantamento da criticidade do ponto, se é passível de acidentes graves. A partir deste levantamento são tomadas medidas para proporcionar um trânsito seguro. Na maioria dos casos, os proprietários são hostis e impedem o fechamento mesmo sendo informados sobre as causas do bloqueio. A concessionária tem que recorrer à Justiça ou à Polícia Rodoviária Federal para conscientizar os proprietários da importância deste trabalho e conseguir autorização legal para fechar o acesso irregular.

Em alguns casos havia vários acessos num só local, causando confusão no trânsito e aumentando o risco de acidente. “O que estamos fazendo é normatizar o acesso”, diz Antônio Cesar.

Família carbonizada – Em Correia Pinto – SC, no km 221, já aconteceram três acidentes por conta de acesso irregular. Mas, o que causou mais comoção aconteceu em junho de 2012 e que vitimou três pessoas da mesma família.

Segundo a polícia, por volta de 15h30min, Sebastião Lima de Liz, 73 anos, tentou atravessar a rodovia com um Corsa Sedan e foi atingido por um Space Fox de Lages, que trafegava pela BR. Com o impacto, o Corsa praticamente partiu ao meio e pegou fogo.

O motorista, a filha Maria Aparecida Souza de Liz, 43, e a neta Eduarda de Liz Gomes, nove, morreram queimados. Outro neto, Fabrício Pereira de Liz, seis anos, foi arremessado para fora do carro e não se queimou, mas ficou bastante machucado e foi conduzido ao Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, em Lages.

O acesso irregular foi fechado pela concessionária, mas a Justiça mandou reabrir. “Estamos recorrendo para fechar novamente, porque o local é extremamente perigoso. O usuário tem que se conscientizar é melhor andar alguns metros a mais e fazer a travessia com segurança do que correr o risco de perder a vida”, afirmou Antônio Cesar.

Fonte: Autopista Planalto Sul