A tarifa nas praças de pedágio do Estado de São Paulo deve subir no dia 1º de julho. Em alguns casos, o aumento deve chegar a 9,77%, de acordo com cálculos de empresários do setor. Os valores serão arredondados de R$ 0,10 em R$ 0,10. O reajuste se baseia nos índices dos contratos de concessão assinados com o governo estadual.
Os mais antigos, dos anos 1990, são corrigidos pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que ficou em 9,77% entre junho de 2010 e maio de 2011. Nesse grupo estão a Castello Branco e os sistemas Anchieta-Imigrantes e Anhanguera-Bandeirantes, que ligam a capital ao interior do Estado e ao litoral. Na Anchieta-Imigrantes, por exemplo, o pedágio, que hoje é de R$ 18,50, pode chegar a R$ 20,30.
Já as rodovias que tiveram os contratos assinados tendo como fator de correção o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) terão reajuste de até 6,55%. Nesse caso, estão incluídas rodovias como a Dom Pedro 1º, a Carvalho Pinto e a Raposo Tavares.
O cálculo final, porém, não é feito aplicando-se apenas o índice de reajuste ao valor vigente. A Agência Reguladora dos Serviços de Transportes de São Paulo (Artesp), que deverá divulgar o reajuste nos próximos dias, também levará em consideração o tipo de pista (se é duplicada ou simples, por exemplo) e a extensão percorrida. O governo estadual faz o arredondamento.
Negociação
Diferentemente do ano passado, o IPCA agora está menor do que o IGP-M. O governo paulista quer que, por meio de uma negociação, se chegue a unificar o índice para o IPCA.
A expectativa atual das concessionárias, porém, é de que o governo publique o valor dos pedágios até o dia 27, respeitando o que está nos contratos. Mas não escondem que pode haver uma negociação futuramente, lembrando que foi uma promessa de campanha de Alckmin.
A revisão dos pedágios foi uma das principais promessas de campanha de Geraldo Alckmin (PSDB), que afirmou que as mudanças aconteceriam nos primeiros 12 meses de sua gestão.
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