Os deputados Cleitinho Azevedo e Carlos Pimenta consideram abusivo o preço de R$ 7,20, previsto para ser cobrado em cada praça de pedágio, a partir de 1º de abril nas rodovias da Eco135, em MG. “Não estamos aceitando isso, não”, indignou-se Carlos Pimenta. Foto: Divulgação

Comissão de Transporte aprova reunião sobre o tema, além de outra para debater interrupção de obra nas MG-320 e LMG-760

A cobrança de pedágios em seis pontos da BR-135, entre Cordisburgo (Central) e Montes Claros (Norte), bem como o processo de licitação e concessão dessa rodovia, que teve como ganhadora a concessionária Eco135, são os principais temas a serem discutidos na audiência pública aprovada nessa terça-feira (26), pela Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

O requerimento inicial para a audiência é de autoria do deputado Cleitinho Azevedo (PPS). Mas o deputado Carlos Pimenta (PDT), que é da região Norte do Estado, também elaborou um requerimento sobre o mesmo tema, de forma que este último foi incluído ao primeiro. O presidente da comissão, deputado Léo Portela (PR), já marcou a reunião para a próxima terça-feira (2/4), às 14h30.

Abusivos

Os deputados Cleitinho Azevedo e Carlos Pimenta consideram abusivo o preço de R$ 7,20, previsto para ser cobrado em cada praça de pedágio, a partir de 1º de abril. Este último acrescentou que a população do Norte de Minas está revoltada com a cobrança de um valor tão alto em seis pontos para uma das regiões mais pobres do Estado. “Não estamos aceitando isso, não”, indignou-se Carlos Pimenta.

Devem ser chamados para o debate representantes da Secretaria de Estado de Transportes, da Eco135, do Ministério Público, Procon, além de prefeitos e presidentes de câmaras de municípios atingidos, entre outros convidados.

Rio Doce

Também foi aprovada na reunião audiência pública, solicitada pelo deputado Celinho Sintrocel (PCdoB), o debate sobre a paralisação das obras das rodovias MG-320 e LMG-760. A primeira delas liga Marliéria (Rio Doce) ao Parque Estadual do Rio Doce. Já a LMG-760 liga Marliéria à BR-262, facilitando o acesso da população do Vale do Aço à Zona da Mata mineira.

Segundo o parlamentar, as obras foram iniciadas em 2009 e tiveram parte concluída – 10 quilômetros já asfaltados e outros 8 quilômetros terraplanados. “A Tamasa, empresa responsável pela obra, está desmobilizando seu canteiro de obras. Não podemos permitir isso”, reforçou.