Duas reuniões na semana que vem serão decisivas para resolver o futuro do projeto de construção de uma pista paralela à BR-470. Os encontros vão responder se o Estado vai levar adiante a ideia ou se vai aguardar pela duplicação da rodovia a ser feita pelo governo federal. A primeira reunião, segunda-feira, será entre representantes do Estado e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

O Dnit vai apresentar o cronograma de duplicação. O calendário prevê a conclusão dos estudos de licenciamento ambiental e projeto executivo para julho e o lançamento do edital de duplicação para o segundo semestre. Um dia depois, secretários de Estado e lideranças se reúnem para analisar as informações e resolver se avançam na proposta da pista alternativa, aprimorando o pré-traçado já existente.

Por conta do agendamento do encontro de segunda-feira, uma reunião entre secretários estaduais e lideranças, marcada para sexta-feira, foi cancelada. Preferiram esperar os dados do Dnit para tomar decisões. O chamado grupo gestor já está analisando um pré-projeto de pista paralela, que seria administrado por meio de uma parceria-público-privada. A ideia surgiu da Federação da Empresas de Transportes de Cargas e Logística do Estado de Santa Catarina (Fetrancesc), que delineou um possível traçado saindo de Pouso Redondo rumo à Itajaí, ligando à BR-101. Haveria seis ou sete túneis no trajeto, terminais de cargas, e uma nova maneira de concessão, onde o pedágio seria cobrado por quilômetro rodado e não por praça. O traçado completo ainda não foi divulgado porque tanto Estado quanto Fetrancesc temem antecipação da especulação imobiliária.

– Será uma pista mais rápida, o mais reta possível. Precisamos definir em qual margem da BR-470 ela vai ficar – disse o presidente da Fetrancesc, Pedro Lopes.

Este estudo do trajeto e a pré-análise dos eventuais problemas ambientais deverão ser discutidos terça-feira.