O gerente do Corredor do Mercosul, Carlos Alberto La Selva, disse ontem que nenhuma posição de parte do Ministério dos Transportes será tomada na reunião marcada para hoje, às 17 horas, com uma comitiva do Sul de Santa Catarina. Representantes do Sindicato dos Engenheiros do Estado de Santa Catarina (Senge), da Associação Catarinense dos Engenheiros (ACE), da Associação Catarinense de Engenharia Consultiva (Acecon), do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), tentam reverter a decisão do ministério de realizar uma nova licitação de supervisão para as obras de duplicação do trecho Sul da BR-101.
A reunião foi agendada pelo senador Geraldo Althoff, que também participará do encontro. La Selva adiantou que a fiscalização independente não é norma do ministério. “Vamos recebê-los e ouvir todos os argumentos. Porém, adianto que a licitação da supervisão é uma exigência do BID. Só acatamos ordens”. A comitiva será recebida pelo secretário executivo Paulo Sérgio de Oliveira Passos, já que o ministro dos Transportes, Alderico Jefferson da Silva Lima, está em férias.
Se não obtiverem sucesso com a negociação, os empresários catarinenses podem promover uma ação judicial, situação que poderá implicar em atraso no início das obras, previsto para abril. Na reunião de hoje, a comitiva mostrará documentos comprovando que as empresas foram escolhidas em 1997 também para fiscalizar as obras. O DNER deve fazer uma nova licitação de supervisão – em concorrência internacional – para três trechos. As obras de duplicação do trecho Sul estão divididas em nove lotes, mas, com isso, a fiscalização deve ser resumida em três partes.