Ninguém ficou ferido. Cinco carros foram danificados. Polícia científica demorou mais de sete horas para chegar ao local
No primeiro dia do feriadão, um viaduto numa das principais vias expressas de São Paulo cedeu cerca de dois metros. Por sorte, era madrugada. Mesmo assim, cinco carros ficaram danificados. Fora o susto que os motoristas levaram.
De repente, às 3h30 da manhã, parte de um viaduto de uma das vias mais movimentadas de São Paulo cedeu, criando um degrau de dois metros. Cinco carros que passavam pela Marginal Pinheiros bem na hora, praticamente voaram.
“É algo que você não espera que aconteça, né? Você está trafegando numa via e de repente some, coisa de filme assim, coisa de cinema. Parecia o fim do mundo”, conta o analisa de sistemas Ronaldo Andrade.
“Eu vi o airbag na minha cara, né, explodindo, e ficou o susto. Você não espera, você está na Marginal e cair num buraco, na Marginal, uma das vias mais movimentadas de São Paulo”, diz o autônomo Luís Rochel.
Foram sete horas esperando a perícia chegar para liberar os carros.
“Graças a Deus ninguém morreu, ninguém se acidentou, ninguém teve nenhum machucado grave, mas e a demora?”, questiona Márcia Maria dos Santos.
A Marginal Pinheiros é a rota mais importante para quem sai da Zona Sul de São Paulo e também para quem acessa algumas das rodovias que levam ao interior do estado. O trecho que desabou fica ao lado da Ceagesp, o maior entreposto de alimentos da América Latina.
O trânsito foi desviado para a pista local. Mas rapidamente, a fila de carros foi se formando, e a saída para o feriadão virou um pesadelo.
A estrutura cedeu bem no ponto de encontro dos grandes blocos de concreto que formam o viaduto. É o que se chama de junta de dilatação, que serve justamente para que as placas possam suportar a variação de temperatura sem apresentar trincas. O desafio dos engenheiros agora é decidir o que fazer com esse desnível.
Técnicos da prefeitura logo começaram o trabalho de escoramento. Parte da estrutura que sustenta o viaduto ficou destruída. O concreto parece ter sido esmagado. O prefeito de São Paulo disse que o viaduto não dava sinais de que poderia ceder.
“Aqui não havia nenhuma anomalia externa, nenhum sinal externo que pudesse identificar que isso iria acontecer no dia de hoje”, afirma Bruno Covas.
“Não era um ponto que estava nos preocupando. Então aparentemente é uma coisa bem pontual, uma coisa específica, então não vejo grandes problemas”, diz o Luís Ricardo Santoro, secretário adjunto de infraestrutura urbana.
Já os técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas consideram preocupante uma fissura que encontraram a 40 metros do ponto que cedeu. Eles fizeram uma vistoria no viaduto, na tarde desta quinta-feira (15), e disseram que a trinca é consequência do desabamento. As causas do colapso ainda vão ser investigadas. Mas o certo é que nesta sexta (16), dia útil, o motorista que passar pela região não vai ter vida nada fácil.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo declarou que a perícia no local onde o viaduto cedeu terminou às 8h40, e que, depois, realizou uma perícia complementar nos veículos, que foram então liberados para os donos.
A secretaria afirmou que Superintendência da Polícia Técnico-Científica vai apurar se houve demora no atendimento.
Fonte: www.g1.globo.com