BLITZE: Agentes da PRF fazem blitze nas rodovias federais e flagram oito caminhoneiros transprtando e/ou fazendo uso de drogas. Fotos: Divulgação/PRF

Numa das fiscalizações, os agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) descobriram seis motoristas com ‘rebites’

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) tem procurado intensificar o combate ao tráfico e uso de drogas nas rodovias federais envolvendo caminhoneiros. Num levantamento feito pelo Estradas, foi apurado que, somente nesse fim de semana, a Corporação detectou oito profissionais em dois estados e no Distrito Federal que faziam uso ou estavam traficando drogas.

Na noite de sábado (31), seis caminhoneiros foram detidos numa ação no km 23 da BR-101, em Malhada dos Boias, em Sergipe. Com eles, os agentes encontraram 85 comprimidos de anfetamina (rebite).

Segundo a PRF, todos os motoristas flagrados assinaram Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs), comprometendo-se a comparecer em Juízo quando intimados.

39 horas na boleia

Já na BR-222, no trecho entre Tianguá e Sobral, no Ceará, um motorista conduziu uma carreta-tanque por 39 horas com apenas 6h de descanso.

SEIS REBITADOS:  Após receber denúncia, as equipes da PRF flagraram seis caminhoneiros sob o efeito de ‘rebites’.

De acordo com a Corporação, testemunhas informaram no domingo (1º/8) que viram o veículo sendo conduzido de forma arriscada. Ele foi interceptado no km 221 da rodovia. Após a entrevista, foi feita a verificação dos documentos e ficou constatado que o caminhoneiro dirigiu de Fortaleza (CE) para São Luís do Maranhão e já retornava com um tempo de 45 horas de trabalho, tendo descansado somente 6 horas, num percurso de aproximadamente 1.350 quilômtros.

Os policiais encontraram uma cartela de anfetamina (rebites) da marca nobésio forte – medicamento proibido e utilizado para inibir o sono. O veículo foi retido e o motorista indiciado pelo delito.

Distrito Federal

Outro flagra da PRF aconteceu na manhã de sábado (30), na BR-060, em Samambaia, no Distrito Federal. Durante uma abordagem a uma carreta Volvo, na BR-060, os agentes descobriram 10g de maconha na cabine do veículo, após verificarem o comportamento inadequado do motorista, de 30 anos. Ele alegou ser usuário de drogas.

Segundo a Corporação, os agentes estavam em ronda quando perceberam um caminhão transitando pela faixa da esquerda, sem dar passagem aos veículos que deslocavam em velocidade superior. O caminhão permaneceu por 3 quilômetros sem mudar de faixa, até ser abordado.

Além da droga, os policiais verificaram que o disco tacógrafo estava vencido, não sendo possível comprovar por quanto tempo estava dirigindo. Os agentes lavraram o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) pelo porte de droga.

De acordo com a PRF, o caminhoneiro se comprometeu a comparecer em juízo e orientado a permanecer sem dirigir por 11 horas, em obediência à Lei do Descanso. Ele também foi autuado pelas infrações cometidas.

CAPITAL FEDERAL: Ao ver um caminhão trafegando na BR-060, de forma irregular, os policiais abordaram o veículo e descobriram maconha no interiro da cabine.

Cocaína em Rondônia

Numas outra investida dos agentes da PRF no combate ao tráfico de drogas e ao uso de entorpecentes por parte de caminhoneiros, foi descoberto em Presidente Médici (RO), um caminhoneiro que estava fazendo tráfico de cocaína. Na cabine da carreta foram encontrado 141 Kg de cocaína, que provavelmente renderiam R$ 21 milhões aos infratores.

Segundo a Corporação, durante ação na BR-364, foi interceptado um caminhão, na madrugada de sábado (31), no qual estavam pouco mais de 79 Kg de cloridrato de cocaína, que é a versão mais pura da droga; e 61 Kg de pasta-base, matéria-prima utilizada na fabricação do crack.

Ainda de acordo com a PRF, as drogas eram transportadas em compartimentos secretos do caminhão. Elas foram apreendidas e encaminhados à Polícia Federal em Ji-Paraná (RO) para destruição. O infrator foi conduzido e permanecerá à disposição da Justiça.

PEQUENA FORTUNA: Segundo a PRF, conforme tabela de monetização de drogas do Departamento de Polícia Rodoviária Federal, o total apreendido poderia render aos infratores da lei mais de R$ 21,5 milhões se fosse comercializado.