Carga suspeita, apreendida em Feira de Santana (BA), transportava, ilegalmente, 40 mil maços de cigarros. Foto: Divulgação/PRF

Mais uma apreensão foi feita pelos agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na noite de segunda-feira (7), depois de uma informação anônima sobre a carga suspeita. Ao checar, os PRFs encontraram 400 mil maços de cigarro em Vitória da Conquista (BA)

Agentes da PRF apreenderam na noite de segunda-feira (7), na BR-116, em Feira de Santana, na Bahia, mais uma carga transportando cigarros, de forma ilegal. O veículo estava parado num pátio de um posto de combustíveis, chamado Tabuleiro da Baiana, quando uma ligação anônima informou da atitude suspeita de uma pessoa.

Ao checar, os policiais notaram uma pessoa, que não foi identificada, próximo ao caminhão Mercedes Benz, que, ao perceber a chegada dos policiais, fugiu para um matagal às margens da rodovia. A PRF não conseguiu prender o suspeito.

Após verificação, os agentes da PRF examinaram a carga e descobriram 40 mil pacotes de cigarros da marca Broadway, de origem estrangeira e de importação proibida. No total, foram apreendidos oito milhões de unidades de cigarro. O caminhão e a carga foram apreendidos e colocados à disposição da Receita Federal do Brasil e da Policia Federal.

Em 2018, foram consumidos quase 60 bilhões de unidades de cigarros (54% do total), que entraram ilegalmente no Brasil. Foto: Divulgação/PRF

Comércio crescente

A cada dia, o contrabando de cigarros vem crescendo em todo o país. O grande incentivador é, sem dúvida, o preço. Enquanto no Brasil, os impostos ultrapassam os 70%, chegando, em alguns estados, a 90%; no Paraguai, beira os 20%. Com isso, o comércio ilegal se expande, e muito.

De acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), encomendada pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), em 2018, foram consumidos 106,2 bilhões de cigarros, dos quais 57,5 bilhões de unidades (54%) eram ilegais.

A proporção de produtos comercializados de forma irregular cresceu, de acordo com a pesquisa, seis pontos percentuais em comparação ao ano de 2017. O levantamento foi realizado em 208 municípios, onde foram ouvidos 8,2 mil consumidores, com idades entre 18 anos e 64 anos.

A Receita Federal informou que as apreensões de cigarros também têm crescido. Em 2014, foram recolhidos 182,05 milhões de maços que entraram ou estavam sendo comercializados de forma irregular no Brasil. Em 2017, o número chegou a 221,95 milhões, crescimento de 21,92%. Até setembro de 2018, as apreensões somaram 213,75 milhões, e, segundo a Receita, os números de apreensões deverão ultrapassar 2017.

Danos à saúde pública

Mas, os prejuízos ao Brasil não ficam só no campo econômico. Consumir cigarro barato traz mais malefícios à saúde do que se pode imaginar. Por não ter uma política de fiscalização eficiente, alguns cigarros submetidos podem conter maior concentração de substâncias tóxicas, o que provocaria mais danos à saúde de quem o consome.

Fonte: Estradas com Agência PRF

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