
Cerimônia oficial será realizada em Brasília (DF), a partir das 15h; contratos preveem R$ 36 bilhões de melhorias em 1.230 quilômetros de extensão
Nesta segunda-feira (28), às 15h, serão assinados os contratos com as empresas vencedoras dos leilões dos Lotes 3 e 6 do Paraná, respectivamente, CCR S.A. e Consórcio Infraestrutura PR.
De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), as concessões têm vigência de 30 anos, e referem-se aos Sistemas Rodoviários das Rodovias Integradas do Paraná (PRVias), abrangendo o Lote 3, que compreende 569,7 quilômetros das rodovias BR-369/373/376/PR e PR-090/170/323/445, e o Lote 6, que inclui a BR-163/277/PR e PR-158/180/182/280/483, totalizando 662,1 quilômetros. O investimento previsto para as duas concessões é de R$ 36 bilhões, destinados à modernização da malha viária do estado.
Obras de melhorias
Lote 3 – CCR S.A.
Com 569,7 quilômetros de extensão, o Lote 3 integra o chamado Corredor Norte, conectando o Paraná ao Porto de Paranaguá e promovendo a integração com Santa Catarina e São Paulo. A área impactada abrange 22 municípios, incluindo Londrina, Ponta Grossa e Apucarana, polos estratégicos do setor produtivo.
Estão previstos cerca de R$ 16 bilhões em investimentos ao longo do contrato, com destaque para a duplicação de 132,6 quilômetros, a implantação de 24,6 quilômetros de faixas adicionais e a construção dos contornos rodoviários de Ponta Grossa, Apucarana e Califórnia, totalizando 61,6 quilômetros.

Lote 6 – Consórcio Infraestrutura PR
O Lote prevê um investimento de R$ 20,11 bilhões para obras e melhorias nos 662,1 quilômetros de rodovias, sendo o maior projeto rodoviário do Paraná. Estão previstos a duplicação de 462 quilômetros, implantação de 31 quilômetros de faixas adicionais, 87 quilômetros de vias marginais e 13 quilômetros de contornos.
Entre as demais melhorias estão a construção de 38 passarelas, 14 passagens de fauna, três Pontos de Parada e Descanso (PPDs) e 21 quilômetros de iluminação na Serra. Principal rodovia do estado, a BR-277 é rota estratégica para o Porto de Paranaguá, o segundo maior do Brasil.
Pedágio e tecnologia
A cobrança das tarifas só começará após a reforma das praças existentes, a eliminação de buracos, a revitalização da sinalização horizontal e vertical em pontos críticos e a instalação de placas indicativas do atendimento telefônico, além da remoção da vegetação ao longo das rodovias.
Os projetos incluem a instalação de câmeras com tecnologia OCR para reconhecimento de placas, detecção automática de incidentes, painéis de mensagem variável, sistema de pesagem automático e monitoramento meteorológico. A conectividade será garantida em toda a concessão. Além disso, haverá iluminação nos trechos de serra, com 14,9 quilômetros no Lote 3 e 21,2 quilômetros no Lote 6.
De acordo com a Agência, os contratos também permitirão a migração do sistema de cobrança convencional (praça de pedágio) para o sistema eletrônico de livre passagem (free flow). O processo de regulação do free flow está em andamento na ANTT, mas isso não impede que a tecnologia seja prevista nos editais.
Segundo a ANTT, nos pontos previstos para a instalação de novas praças, as empresas poderão implementar o sistema, que trará benefícios significativos, como maior fluidez e segurança para os usuários, além de uma eficiência operacional para as concessionárias.
Abrangência dos lotes 3 e 6
