
Pai de Yago Mange, que morreu com a namorada no acidente, disse que empresa do ônibus não entrou mais em contato com a família
O acidente trágico envolvendo um ônibus de turismo que saiu da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, com destino a Campos do Jordão (SP), completou um mês na terça-feira (9) e, até o momento, o laudo da polícia que deve explicar como tudo aconteceu ainda não está pronto. A família de uma das vítimas reclama do desamparo por parte da empresa de transporte.
O acidente, que deixou 10 pessoas mortas e 51 feridas, aconteceu no km 31,6 da Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro (SP-123), no trecho de serra em Pindamonhangaba, sentido São Paulo. O ônibus capotou atingindo cinco carros. De acordo com testemunhas, o coletivo ficou desgovernado após ficar sem freio. Pelo menos 30 pessoas estavam sendo transportadas no ônibus.
Como Yago Mange, de 25 anos, oito das dez vítimas eram da Baixada Santista. O jovem, que morava em Cubatão (SP), havia viajado com a namorada, Camilla Rodrigues, para celebrar o Dia dos Namorados. O casal morreu no local do acidente.
Desde a perda do filho, Amarildo Mange tenta seguir com a rotina, mas as lembranças do filho, que estava feliz e em uma ótima fase pessoal e profissional, são constantes. “É uma perda dolorosa. Era um rapaz de vitalidade que foi dar um passeio. Estava crescendo na empresa em que trabalha, tinha planos de casar. É muito difícil”, lamenta.
O pai diz que conversa todos os dias com a família de Camilla e, juntos, as duas famílias tentam superar a perda do jovem casal. “Conversamos todos os dias com eles, somos amigos e estamos enfrentando isso juntos. A ligação entre nós é muito forte. Eles têm todo nosso carinho e amor.”

Desamparo
Aliado à dor da perda, Amarildo carrega a sensação de desamparado. Segundo ele, no dia do acidente a empresa responsável pelo ônibus disse que prestaria todo apoio, mas isso não aconteceu.
“Desde o dia do acidente eles deram um telefone para falar sobre o seguro DPVAT. De lá pra cá, nada mais. Ninguém fala nada, ninguém chama a gente pra nada, cada um se vira como dá. O ‘oba oba’ foi só no dia”, reclama.
A defesa da viação Brasil Santana informou ao G1 que a empresa tem um telefone só para atender os familiares das vítimas fatais e vítimas feridas do acidente. Segundo eles, a empresa, desde o primeiro momento, é solidária às vítimas.
Acidente
O ônibus de turismo capotou próximo ao km 31,6 da rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro (SP-123), no trecho de serra em Pindamonhangaba, sentido a São Paulo, atingindo cinco carros e uma moto. Os bombeiros foram acionados para atender a ocorrência por volta das 21h30.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, 10 pessoas morreram no acidente, sendo oito adultos e duas crianças, e 51 pessoas ficaram feridas. As vítimas mais graves foram levadas ao Hospital Regional de Taubaté e para a Santa Casa de Pindamonhangaba. Outras pessoas também foram atendidas no Pronto-Socorro de Campos do Jordão.
De acordo com testemunhas, o coletivo ficou desgovernado após ficar sem freio. Pelo menos 30 pessoas estavam sendo transportadas no ônibus, que voltavam de um passeio de um dia em Campos do Jordão, com destino a cidades da Baixada Santista.
