A prioridade dada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro para a restauração dos trilhos da antiga ferrovia Noroeste do Brasil, é um fato a ser comemorado
Foi preciso um movimento desta magnitude para as autoridades lembrassem que o Brasil deveria ter mais rodovias, e dá pouquíssima importância para as estradas que têm. Por exemplo, enquanto a população de vários estados enfrentava a escassez de combustíveis nos postos, em alguns municípios do interior de São Paulo, onde etanol, gasolina e óleo diesel são transportados em ferrovias, os postos tinham produtos para vender ao consumidor.
Certamente, foi a partir da greve dos caminhoneiros, que o sul-mato-grossense de cidades importantes como Corumbá, Aquidauana, Campo Grande e Três Lagoas, todas servidas pelos trilhos da antiga ferrovia Noroeste do Brasil, que os moradores destes centros urbanos começaram a sentir saudades dos trens que percorriam a estrada de ferro. Foi por este caminho que a produção destas cidades foi escoada e os produtos de centros industriais, como São Paulo, chegaram.
A notícia de que a restauração destes trilhos da antiga Noroeste, atualmente denominada “Malha Oeste” pelo governo federal, e sob concessão da Rumo – que ironicamente não fez jus a seu nome no Estado – deve ser motivo de otimismo. Mais do que os R$ 5 bilhões necessários para reformar os trilhos, locomotivas e estações, era preciso vontade política. A intenção manifestada anteontem pelo governador Reinaldo Azambuja, pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, e pela ministra da Agricultura em seu governo, Tereza Cristina, é muito bem-vinda. Que tenham êxito neste propósito.
Fonte: www.correiodoestado.com.br