O INÍCIO: O primeiro inspetor de PRF era chamado de "Inspetor de Tráfego" e foi ocupado por Antônio Feliz, conhecido como Turquinho, em 1935. Na foto, ele aparece com sua inseparável Harley Davidson. Fotos: Divulgação

De acordo com a Federação Nacional do Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), o trabalho dos agentes é apenas um pequeno gesto de reconhecimento do sacrifício que desempenham em prol da sociedade brasileira

Os mais de 10.511 mil policiais rodoviários federais que atuam nas estradas federais de todo o país e também fora delas, celebram neste 23 de julho de 2020 mais um aniversário desde que o ‘Inspetor de Tráfego’ (como eram chamados na ocasião), Antônio Félix Filho, conhecido como Turquinho, iniciou as atividades em 1935, sete anos após a criação da instituição Polícia Rodoviária Federal (PRF), que aconteceu em 24 de julho de 1028, por meio do Decreto 18.323, de 24 de julho de 1928.

Na época, o então presidente da República, Washington Luís, aprovou o “regulamento para a circulação internacional de automóveis, no território brasileiro e para a sinalização, segurança do trânsito e policia das estradas de rodagem.”

Naquele momento, a missão de Turquinho era organizar as vigilâncias das estradas Rio-Petrópolis, Rio-São Paulo e União Indústria (Petrópolis – Juiz de Fora), e percorrer os trechos com o propósito de fiscalizar e garantir a segurança dos usuários. Mas, logo de imediato, o inspetor  Antônio Félix foi auxiliado por 450 vigias da então Comissão de Estradas de Rodagem (CER).

Padroeira da PRF

A história do surgimento da padroeira da PRF, a Nossa Senhora das Medalhas, remete ao dia 30 de dezembro de 1936, quando o inspetor Turquinho achou ter atropelado uma mulher, que andava distraidamente pela rodovia. Quando ele parou sua motocicleta Harley Davidson, constatou que a estrada estava deserta, mas logo notou a presença de uma medalha de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, a qual guardou até a data de seu falecimento. E assim, a santa foi considerada a padroeira da PRF.

Em 23 de julho de 1935, foi criado o primeiro quadro de Policiais da PRF, chamados na época de “Inspetores de Tráfego”, configurando a data em que é comemorado o Dia do Policial Rodoviário Federal.

Atualmente, os 10.511 policiais rodoviários federais têm o objetivo de fiscalizar diariamente mais de 61 mil quilômetros de rodovias federais, garantido pela vida das pessoas que trafegam diariamente, além de agir fora do âmbito das Brs, no combate à criminalidade, entre outras afazeres.

A infraestrutura, de acordo com dados do site da instituição, conta com mais de 450 Unidades Operacionais de Policiamento em toda malha viária do país, além das Delegacias e das Superintendências Regionais.

A PRF ainda possui unidades especiais, assim como outras instituições policiais. São os chamados Grupo de Resposta Rápida, o Comando de Operações Especializadas e o Núcleo de Operações Especiais.

Ações na pandemia do coronavírus

APOIO AOS CAMINHONEIROS: Durante a pandemia do coronavírus, a PRF tem dado todo o apoio aos profissionais.

Entre as diversas ações às quais os agentes da PRF estão envolvidos, está a do combate à pandemia de coronavírus. Como forma de colaborar para a redução e expansão da COVID-19, os policiais têm auxiliado a todos que precisam trafegar nas BRs.

Com isso, a categoria dos caminhoneiros tem sido fundamental para apoiar esse trabalho. Como forma de retribuir, a PRF tem realizada a campanha “Siga em Frente, Caminhoneiro“,  em parceria com voluntários para conseguir alimentação aos profissionais na área externa de 150 Bases Operacionais da Corporação.

Além disso, a PRF mapeou pontos nas rodovias federais onde existem comércios de alimentação, compras de mantimentos, borracharias e postos de combustíveis que os motoristas podem encontrar abertos neste período.

Primeira mulher na direção-geral

MULHER NO COMANDO: A inspetora e motociclista, Maria Alice Nascimento, foi a primeira mulher a ocupar a função máxima da Instituição. Entre 2011 e 2016, ela atuou como diretora-geral da PRF.

Dentre as histórias que marcaram a Instituição da PRF, está a de uma inspetora feminina. Trata-se da paranaense Maria Alice Nascimento, a primeira motociclista da Corporação e também a primeira mulher a assumir a direção-geral de uma corporação de âmbito nacional no Brasil. Ela atuou no comando entre 2011 e 2016. Atualmente, a Direção-Geral da PRF é ocupada pelo inspetor Eduardo Aggio de Sá, que substitui a Adriano Furtado, em maio deste ano.

Sacrifício é marca, diz FenaPRF

De acordo com a Federação Nacional do Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), o dia 23 de julho é apenas um pequeno gesto de reconhecimento do sacrifício que os policiais rodoviários federais fazem em prol da sociedade brasileira.

Ainda de acordo com a Federação, são horas e mais horas de trabalho sem dormir e, muitas vezes, em condições precárias para exercer seu papel no combate ao tráfico de drogas, sequestros, contrabando e educação no trânsito.

“Agradecemos a cada um dos policiais que compõem e já compuseram nossa polícia, vocês fazem a PRF ser a corporação exemplar da Segurança Pública brasileira, com um trabalho eficiente, enérgico e humano”, enfatizou a FEnaPRF, por meio de nota ao Estradas.com.br

Nas palavras do coordenador de Comunicação da FenaPRF, Raphael Casotti, nota-se o orgulho de ser um policial rodoviário federal: “Celebramos ao lado de cada homem e mulher, que ao longo destes 92 anos de história, tem contribuído para fazer da PRF a melhor instituição de segurança pública deste país.”

Dados da FenaPRF mostram que 10.511 inspetores estão na ativa, sendo que 6.215 já se aposentaram e, 2.844 já serviram nas estradas federais, mas faleceram. Veja mais sobre a história dos inspetores e da própria PRF, clicando aqui.