A CNT (Confederação Nacional do Transporte) divulga, em seu site, o Plano CNT de Transporte e Logística 2014. O estudo, que chega à quinta edição, elenca 2.045 projetos prioritários de infraestrutura de transporte, abrangendo todos os modais, tanto na área de cargas como na de passageiros.

As propostas indicadas somam R$ 987 bilhões e têm o objetivo de contribuir para alavancar o desenvolvimento do país, reduzir os custos logísticos, aumentar a competitividade dos setores produtivos e permitir mais segurança e desempenho aos transportadores e à população. São intervenções condizentes com o desenvolvimento econômico e social desejado ao Brasil, abrangendo a modernização e a ampliação de rodovias, aeroportos, portos, hidrovias, ferrovias e também dos terminais de cargas e de passageiros.

O Plano CNT de Transporte e Logística é dividido entre projetos de integração nacional (que incluem obras ao longo de nove eixos estruturantes multimodais) e os projetos urbanos (voltados principalmente para o transporte público).

“Uma significativa parcela da infraestrutura de transporte, em todas as modalidades, encontra-se obsoleta, inadequada ou ainda por construir. Algumas delas operam no limite ou mesmo acima da sua capacidade, enquanto outras carecem de manutenção”, conclui o estudo. Segundo análise da CNT, essa situação representa um entrave ao crescimento do país e gera reflexos negativos, como aumento do tempo de viagens, maior custo operacional, aumento do número de acidentes e dos níveis de emissão de poluentes.

Para os nove eixos estruturantes analisados, estão previstas construção e duplicação de rodovias, expansão de hidrovias, dragagem em portos, implantação de ferrovias, construção e ampliação de aeroportos, construção e adequações de terminais de cargas, entre várias outras intervenções.

Nos projetos urbanos, estão incluídas 18 regiões metropolitanas. As propostas têm o objetivo de oferecer respostas às demandas de transporte da população nas diversas atividades cotidianas. Há projetos voltados à implantação de corredores de BRT (Bus Rapid Transit); construção de infraestrutura para VLTs (veículo leve sobre trilho), monotrilhos, metrôs e trens urbanos; construção e adequações de terminais de passageiros, entre outras. O Plano detalha, ainda, projetos e investimentos necessários conforme cada Estado e região.

Investimento privado
De acordo com a CNT, a implementação dos projetos pode receber um impulso a partir da participação da iniciativa privada. Conforme a conclusão do Plano, “a retomada dos investimentos públicos em infraestruturas de transporte, em anos recentes, apesar de assinalável, não tem sido suficiente para ajustar a oferta de transporte às demandas existentes e previstas”. E a execução dos investimentos também tem estado aquém dos valores planejados e autorizados. Torna-se assim mais importante a participação da iniciativa privada nesses projetos de infraestrutura de transporte.

O Plano CNT de Transporte e Logística é mais uma contribuição da Confederação Nacional do Transporte para auxiliar os governos e a iniciativa privada na identificação das prioridades de investimentos em relação a projetos de infraestrutura de transporte. O estudo também é uma fonte de informação para o meio acadêmico e para a sociedade em geral sobre as necessidades do setor. Com ele, é possível identificar o caminho a seguir para um sistema de transporte condizente com o desenvolvimento desejado para o Brasil.

A íntegra do estudo pode ser baixada clicando aqui.