SINAIS POSITIVOS: Transporte de cargas dá sinais discretos de melhora, após seis semanas de retração, conforme pesquisa da NTC&Logística. Foto: Aderlei de Souza

De acordo com a NTC&Logística, após seis semanas de acompanhando diário do impacto da pandemia no setor, houve pequena retração e tendência é melhorar

Uma pesquisa desenvolvida com empresas de vários tamanhos e segmentos de todo o Brasil, ligadas à NTC&Logística e as suas mais de 50 entidades parceiras, com o apoio da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), chegou à sua sexta semana de apuração.

De acordo com os  dados apurados, desde 16 de março, e durante todo o período, até o momento, houve a participação das empresas de todos os estados e do Distrito Federal. As medidas de restrição que atingem o consumo geral da população com o fechamento de serviços não essenciais, têm gerado retração no transporte de cargas segundo os dados colhidos pelo Departamento de Custos Operacionais da NTC (DECOPE).

Entretanto, a apuração feita entre os dias 20 e 26 de abril demonstra que a variação geral teve uma leve queda, pela primeira vez, retraindo para 44,84% no volume de cargas movimentadas.

Ainda segundo a pesquisa, as cargas fracionadas – de pequenos volumes – tiveram um pequeno aumento chegando a uma queda de 47,31%, número que corresponde a entregas para pessoas físicas, distribuidores, lojas de rua e de shoppings, além de supermercados e outros estabelecimentos.

Enquanto as cargas lotação ou fechadas – que ocupam toda a capacidade dos veículos e são utilizadas basicamente nos abastecimentos industriais e no escoamento de safras -, a pesquisa mostrou também pequena retração, registrando 43,34%, mantendo os dados das pesquisas passadas de enfraquecimento do comércio geral, indústria automobilística, eletrônica e linha branca, dentre outros segmentos.

De acordo com o presidente da NTC&Logística, Francisco Pelucio, pela primeira vez, após seis semanas de acompanhando diário do impacto desta pandemia no setor, foi possível ver uma pequena retração. “Acredito que a tendência é estabilizar e começar a melhorar. Não podemos deixar de lado que para alguns segmentos será mais difícil a recuperação, mas com a retomada das atividades e com os devidos cuidados para mantermos a saúde de todos, conseguiremos sair o mais rápido possível desta crise”.