Segundo denúncias de motoboys de todo o país, os primeiros meses de pandemia foram marcados pela precarização: houve baixas nas taxas por quilômetro percorrido e do valor mínimo por corrida, portanto o aumento da carga horária diária para se obter as mesmas quantias. Os profissionais ainda relataram sofrer com a falta de equipamento de proteção contra a covid e com bloqueios sem justificativas por parte dos aplicativos. As demandas motivaram, inclusive, protestos em várias capitais brasileiras desde julho.
“Atribuímos os altos números de siistros em grande parte à exploração equivocada das empresas de aplicativo em relação aos trabalhadores. E é uma atividade de risco que não pode ser explorada do jeito que está sendo”, considera Almeida, presidente do SindimotoSP.
Minoria na frota do país, maioria dos acidentes
Considerando toda a frota de motoristas que solicitaram e obtiveram indenizações em 2020 no Brasil, somente 29% eram motociclistas, indicou o estudo anual da Líder. Embora componham menos de um terço nos números, foram maioria entre os sinistrados também em âmbito nacional: 79%.
Das indenizações pagas aos motociclistas no Brasil, 17.412 (7%) foram para mortes, 175.371 (71%) para invalidez permanente e 52.768 (22%) para despesas médicas, chegando às 245.551 indenizações concedidas para motociclistas.
Do total de 310.701 sinistros, os outros 21% se dividem entre automóveis (47.522), caminhões (12.039), ônibus (4.126) e ciclomotores (1.472).
Infosiga indica aumento nos acidentes em SP
Dados do Infosiga, plataforma do Governo de São Paulo, apontam para um aumento no número de sinistros e de mortes de motofretistas entre janeiro e setembro de 2019 e os mesmos meses de 2020.
Entre 2019 e 2020, os sinistros com vítimas não fatais aumentaram no Estado e na capital paulista, respectivamente, 44% e 23%. Também houve acréscimo em relação às mortes: de 48% em âmbito estadual e 52% na capital.
Com informações do Portal R7
Comentários encerrados