JOVENS ARGENTINOS: Fernando Guido Benitez era técnico de Segurança e Higiene; e Giuliana Elena Tessari, era mãe de uma menina e membro de uma família da hotelaria e também nascida em Colônia Wanda, na Argentina. Foto: Reprodução/Redes Sociais

Instituto Médico-Legal (IML) de Ponta Grossa (PR) identificou oficialmente os outros três corpos da tragédia do ônibus da Catarinense, na BR-277, na terça-feira, 31 de janeiro

Foram identificadas oficialmente pelo Instituto Médico-Legal (IML) de Ponta Grossa (PR), as últimas três vítimas do trágico acidente (sinistro) na BR-277, em Fernandes Pinheiro (PR), na madrugada de terça-feira (31). São elas: Franco Tomas Sanchez, de 21 anos; Fernando Guido Benitez, de 33 anos, e Giuliana Elena Tessari, de 24 anos

Segundo os peritos, essas são as sete vítimas fatais identificadas:

  • Genivaldo Fernandes de Lima – 49 anos, natural de Boa Esperança (MG)
  • Teicer Ahmad Tarbine – 31 anos, natural de Foz do Iguaçu (PR)
  • Carina Isabel Martinez – 42 anos (argentina)
  • David Pinchevsky – 3 anos (argentino e filho de Carina)
  • Franco Tomas Sanchez – 21 anos (argentino)
  • Fernando Guido Benitez, de 33 anos (argentino)
  • Giuliana Elena Tessari, de 24 anos (argentina)

    As causas do sinistro estão investigadas pelo Delegacia de Polícia Civil de Teixeira Soares (PR), sob o comando do delegado Wesley Vinícius Gonçalves da Silva.

    BRASILEIROS E ARGENTINOS: Cinco das sete vítimas fatais do trágico acidente na BR-277, com ônibus da Catarinense, identificados pelo IML de Ponta Grossa (PR). São eles: David Pinchevsky, Carina Isabel Martinez, Teicer Ahmad Tarbine e Genivaldo Fernandes de Lima e Franco Tomas Sanchez, de 21 anos. Foto: Reprodução/Redes Sociais

    Jovens argentinos

    Entre as três últimas vítimas fatais identificadas, estão Fernando Guido Benítez era técnico de Segurança e Higiene e trabalhou como gerente na empresa SB Forestal, na área de inventários florestais, na cidade de Wanda, em Misiones, na Argentina. Ele havia viajado para Camboriú (SC); e a jovem Giuliana Tessari, formada em 2022 no Departamento de Tecnologia da Informação da Universidade Nacional de Misiones, estudou na Escuela Normal Superior NO9 e no Anexo Comercial Juan XXIII. Ela era mãe de uma menina, membro de uma família da hotelaria e também nascida em Colônia Wanda, na Argentina.

    Depoimento

    Segundo Silva, o motorista, um representante da Viação Catarinense e doze passageiros prestaram depoimento à polícia. Outro passo importante para a investigação foi o recolhimento do ônibus para o pátio da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) de Ponta Grossa para a realização da perícia que apontará se teve alguma falha mecânica no veículo.

    ARGENTINOS: De acordo com os peritos do IML de Ponta Grossa, trabalho de identificação foi concluído em todos os sete mortos, na noite de quinta-feira (2); cinco são argentinos e dois brasileiros. Foto: Divulgação/PRF

    No depoimento do motorista, o delegado Silva destaca que não pode relevar o que foi dito, já que o inquérito policial é um procedimento sigiloso, mas confirma que o motorista dormiu na direção do veículo. “Devido a circunstâncias que ainda vamos apurar nas investigações”, explica. Conforme as apurações, não chovia no momento do acidente.

     Motorista da Catarinense admite que cochilou ao volante

    Além disso, o delegado informou que o motorista realizou o teste do bafômetro com resultado negativo para ingestão de álcool e que estava com a documentação em dia. Ele negou o uso de qualquer medicamento.

    Ainda segundo o delegado, no momento do sinistro, o único representante da empresa dentro do veículo era o próprio condutor. “Não havia bagageiro ou alguém que pudesse prestar um eventual suporte”, pontua. Silva disse que o motorista pode responder por homicídio culposo e lesão culposa, caso seja comprovado que ele agiu com negligência ou imprudência.

    A Polícia Civil está investigando as causas do sinistro e vai apurar se a empresa tomou as precauções previstas em lei, como revezamento de motoristas, para que não ocorresse carga excessiva de trabalho.

    Segundo o delegado Silva, também estão sendo realizadas perícias no ônibus para averiguar a possibilidade de falhas mecânicas. Caso seja concluído que não houve culpa do motorista, a empresa poderá ser responsabilizada por excesso de trabalho, disse Silva.